A corrente do bem

Fotografia: reprodução da internet
Alexandre Lalas

Alexandre Lalas

Seis bilhões de reais. Este é o valor que está prestes a ser arrecadado em doações de recursos para campanhas em resposta ao coronavírus no Brasil. Os dados são atualizados diariamente pelo Monitor das Doações Covid-19, iniciativa da ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos). E as empresas de alimentação e bebidas estão em segundo lugar no ranking da filantropia, com mais de R$ 780 milhões doados, atrás apenas do setor financeiro, cujas empresas doaram quase R$ 1,8 bilhões.

 

Entre empresas e indivíduos, o Monitor registra quase 500 mil doadores. O setor empresarial puxa a fila com larga vantagem e é responsável por 82% das doações. Campanhas e Lives vêm em segundo, respondendo por 8% do total arrecadado. Segundo os dados da ABCR, famílias e indivíduos; fundações, institutos e dados filantrópicos; e administração pública, somados, respondem por 10% do total. Sindicatos e cooperativas doaram um total de R$ 6 milhões. Já as igrejas contribuíram com módicos R$ 21 mil.

 

Gerente executivo do Instituto Sabin, organização social do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica que arrecadou mais de R$ 100 mil em campanhas e lives, Fábio Deboni celebra os números, mas pede cautela e faz ponderações. “A casa dos R$ 6 bi, conforme o Monitor das Doações é uma marca histórica, mas é importante analisar os dados de forma criteriosa, observando a origem desses recursos e, principalmente, o destino de todo esse dinheiro”, lembra.

 

“É importante observar que mais de 80% das doações são provenientes de empresas, principalmente as que atuam no sistema financeiro, nos ramos de alimentos e bebidas, e mineração. Com a verba já enviada, é o momento de observar se chegou ao destino. Isto é o mais importante”, ressalta Deboni.

 

O Monitor das Doações Covid 19 é atualizado diariamente e liberado para acesso dos usuários, por meio do site http://www.monitordasdoacoes.org.br/