A estrela sobe

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Redação

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O aquecimento global têm esquentado uma tendência na Toscana. Os viticultores têm preferido plantar mais cabernet franc, em detrimento às anteriormente preferidas merlot e cabernet sauvignon. As safras mais quentes que se repetem em sequência na região têm dificultado as coisas, especialmente para a merlot.

 

“A Cabernet Franc é tem excelente potencial na Toscana. E coma maior exposição ao sol, está permitindo que façamos excelentes vinhos varietais com ela”, disse Andrea Franchetti, proprietária da Tenuta di Trinoro, em entrevista ao site The Drinks Business.

 

“A Cabernet Franc é rica e complexa. A variedade é muito mais resistente do que Merlot, especialmente porque aguenta melhor o calor e sofre menos com o clima em mudança. Acho que é questão de pouco tempo para que a cabernet franc substitua a cabernet-sauvignon como a principal uva tinta na região”, apostou Franchetti na mesma entrevista.

 

Alguns dos vinhos mais caros da Toscana – e da Itália – são feitos majoritariamente com cabernet-sauvignon e merlot. O aquecimento global provocado pelas mudanças climáticas podem forçar a entrada da cabernet franc em proporções maiores no blend destes vinhos.

 

Na Ornellaia, um dos mais prestigiados entre os supertoscanos, o calor mudou a estratégia de replantio definida anteriormente. Os viticultores pretendem reduzir a proporção de merlot e aumentar a de cabernet franc nos próximos anos. A justificativa é que a capacidade que a franc tem de se adaptar climas mais quentes contrasta com a dificuldade que a merlot tem assentada nos solos arenosos em que está plantada.