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Redação

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Os dados oficiais da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) mostram que a venda de espumantes em novembro ficou aquém da expectativa do setor. Faltaram 803.630 litros, ou seja, 1.071.506 garrafas, para chegar ao número dos mesmos 11 meses de 2019. Em volume, de janeiro a novembro, os 5.104.072 litros do ano passado caíram para 4.300.442 litros este ano. Entretanto, há o que comemorar: os vinhos finos mostram um incremento de 58,11% no mesmo período, passando de 14.366.055 litros para 22.713.777 litros.

 

“2020 é o ano do vinho brasileiro. A percepção da qualidade do produto pelo próprio brasileiro que, movido pela alta do dólar, passou a optar pelos rótulos nacionais, é motivo de comemoração, pois mostra um novo período para o setor”, celebra o presidente da Uvibra, Deunir Argenta. “Tínhamos uma expectativa maior em relação aos espumantes, mas ainda temos dezembro para contabilizar. Mesmo assim, acreditamos que a pandemia mudou o comportamento do consumidor e o vinho passou a ser o grande companheiro, enquanto o espumante, líder das festas de final de ano, perdeu um pouco do seu brilho em razão do momento pandêmico vivido”, avalia Argenta. O cancelamento de eventos e a falta de garrafas também influenciou no desempenho final.

 

Além do câmbio e da percepção da qualidade da produção nacional, o ano da ‘Safra das Safras’ também trouxe o aumento da competitividade do vinho nacional, a melhor distribuição e a facilidade no acesso com o uso de ferramentas como o e-commerce. “O consumidor está aberto a viver novas experiências, a fazer descobertas, a degustar o diferente, o novo. E o Brasil tem tudo isso”, explica o presidente. Hoje, 26 regiões produtoras de 10 estados brasileiros elaboram vinhos, espumantes e sucos de uva de diferentes estilos e categorias, para distintos apreciadores e momentos.