Motoboys fazem paralisação de 24h

Fotografia: reprodução da internet
Redação

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Entregadores de aplicativos cumpriram o prometido e realizaram protestos em todo o Brasil. Na pauta, melhores condições de trabalho, remunerações mais justas e ajuda de custo para aquisição de equipamentos de prevenção e proteção contra a COVID-19.O movimento, que não tem uma liderança específica, ganhou força nos últimos dias através do WhatsApp. 

 

Cerca de 15 cidades registraram protestos dos entregadores de aplicativos como IFood, Rappi e Uber. Apenas o IFood tem cerca de 170 mil entregadores no país. Na capital paulista, estima-se que entre 50 mil e 70 mil pessoas trabalhem para algum aplicativo do tipo.

 

A lista de reclamações dos trabalhadores é longa. Queda na remuneração, aumento na jornada de trabalhos, bloqueios injustificados por parte das empresas e más condições de trabalho estão entre as questões levantadas pelos profissionais.

 

O isolamento social aumentou a demanda por delivery, mas os motoristas reclamam que mesmo com o aumento do volume de trabalho, passaram a ganhar menos do que ganhavam no período pré-COVID.

 

Um estudo realizado recentemente por pesquisadores da Unicamp, Unifesp, UFJF, UFPR e MPT que integram a Remuir (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista) corrobora o pleito dos entregadores.

 

Segundo a pesquisa, nem o aumento da jornada de trabalho significou ganhos mais altos: mesmo trabalhando mais, 52% dos motoboys tiveram queda nos rendimentos. Entre os que mantiveram a carga horária, 54% passou a receber menos.

 

A mesma pequisa aponta que 57,7% dos entregadores alegam não terem recebido nenhum apoio das empresas para diminuir os riscos de contágio durante o trabalho.