No balanço das ondas

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Redação

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A Maison Ferrand restaurou uma barcaça Freycinet de 1948 e a converteu para abrigar 1.500 barris de 30 litros. A ideia faz parte de um projeto de pesquisa sobre envelhecimento, em que as bebidas alcoólicas são amadurecidas no mar e o resultado final é afetado pelo movimento contínuo do armazenamento sobre a água.

 

O processo era comum no século 18, quando barris de rum caribenho eram frequentemente enviados para adegas na Europa. O rum tinha um perfil de sabor diferente do líquido envelhecido em terra. Entende-se que quanto mais interação a bebida espirituosa tem com a área da superfície da madeira dentro do barril, mais provável é que os compostos químicos da madeira se integrem com o líquido dentro. O resultado deve ser um rum mais suave, mais fortemente influenciado pelo barril de carvalho.

 

A adega flutuante, chamada Barge 166 - irá ancorar no Sena em Issy-lesMoulineaux na primavera de 2021 e será usada para criar as “melhores condições” para estudar o envelhecimento dinâmico de suas marcas Maison Ferrand Cognac e Plantation Rum. O grupo também convidou o fabricante sueco de uísque Mackmyra para envelhecer alguns tonéis na barcaça.

 

A ideia não é nova. A marca Linie, produtora de Aquavit, envelhece a bebida em barris armazenados em navios que saem da Noruega com destino à Austrália. Na garrafa de cada lote está impresso o nome da embarcação que fez a viagem de ida e volta.