A história mais difundida sobre sua criação - e que até hoje rende controvérsias - diz que o negroni nasceu em 1919 pelas mãos do bartender Fosco Scarselli, do Caffé Casoni, em Florença. Cliente assíduo do local, o Conde Camillo Negroni certa vez teria pedido uma versão mais forte do drinque Americano, a fim de comemorar os bons negócios que realizara em uma viagem a Londres. Para atender a esse desejo, Scarselli então substituiu a água com gás por gim e colocou uma casca de laranja no lugar do limão. Não tardou para que outros frequentadores do lugar começassem a pedir o tal “coquetel do conde Negroni”.
Verdade ou lenda, o fato é que o drinque se tornou um dos mais emblemáticos do planeta por seu sabor complexo, que ao mesmo tempo é amargo, adocicado e cítrico. Tanto que, ao longo do tempo, diversas outras receitas nasceram a partir dele - a exemplo do boulevardier, feito de uísque, e do sbagliato, com espumante. Mas não só. O próprio negroni hoje em dia serve de base para bartenders de todo canto criarem suas próprias versões, seja com a adição de café, de infusões e até mesmo de ingredientes mais improváveis, como figos.
O Pondicherry Bar, no Hotel Bellevue, de Londres, tem uma curiosa receita, na qual o vermute é infusionado em figos secos por mais de uma semana. Já no Skip White Bar, no Hotel Turtle Inn, em Belize, o drinque pré-preparado é infusionado com manjericão fresco, cultivado de forma orgânica na horta do hotel. Em uma versão africana, o negroni do Mahali Mzuri, acampamento de sáfari no Quênia, é feito com o gim KO, produzido com botânicos locais. A Negroni Week, semana dedicada ao drinque, que acontece mundo afora entre os dias 16 a 22 de setembro, ganha uma versão estendida no mercado brasileiro. Até o fim do mês de setembro a Campari Negroni Experience (negroniexperience.campari.com) conta com cerca de 1.100 bares participantes por todo o país, nos quais o cliente deve pedir o cupom fiscal e cadastrá-lo no site para acumular pontos e trocar por brindes da marca. É uma ótima desculpa para experimentar essas diferentes possibilidades. Confira abaixo treze endereços da capital paulista para provar boas versões do negroni:
Èze
Com endereço no Jardins, o restaurante de culinária mediterrânea a partir da França é o lugar perfeito para saborear pratos com frutos do mar na companhia de drinks bem executados. O ambiente elegante enriquece ainda mais a experiência gastronômica, principalmente na hora de apreciar um negroni diferenciado, como o Negroni de la Maison (R$45), feito com gin, vermute Antica Formula, Campari e bitter de laranja.
@restaurante.eze
Piccini Cucina
Sob o comando do chef Ney Alves, o restaurante italiano tem ambiente acolhedor e intimista é perfeito para um jantar romântico. No menu estão pratos que combinam tradição e sofisticação, além de drinks como o Negroni Magusa (R$56), coquetel original da casa inspirado na receita clássica e que é feito com gin, vermute tinto e Campari repousados em barrica de carvalho americano.
@piccinicucina
Flora Bar
De ambiente intimista, o bar escondido atrás de uma charmosa floricultura está com uma nova carta de drinks assinada por Chula Barmaid. Uma das novidades entre os autorais da bartender é uma releitura do clássico Negroni: o Beta Vulgaris (R$60), que leva Jerez com folhas de beterraba, vermute Rosso Blend, amarena e bitter caseiro de cascas de laranja e tangerina.
@florabar.sp
A Pizza da Mooca
A pizzaria nasceu na Mooca, como o nome sugere, e ganhou uma segunda unidade no bairro de Pinheiros. O mixologista Alê D’Agostino é quem assina a carta de drinks com criações como o Bello Mooca (R$48), releitura do negroni que leva Campari, Amaro, Vermute Bianco, gin e grappa.
@apizzadamooca
O Carrasco
O speakeasy fica escondido em cima do premiado Guilhotina Bar e traz um ambiente pequeno, discreto, à meia-luz e com atendimento excepcional. A carta de drinks assinada pelo mixologista Alê D’Agostino traz excelentes composições, como o Dirty Negroni (R$65), com Gin Tanqueray London Dry, vinho jerez, bitter Campari, vermute branco e salmoura de azeitona
@ocarrascobar
Donna
O restaurante italiano é reduto do chef André Mifano. Quem está à frente do balcão da casa é o bartender Marcos Santos. É ele quem prepara as nove opções de drinks autorais, como o Profondo (R$45), criado a partir do negroni e que leva Brandy de Jerez, Cynar 70, vermute tinto, Luxardo Maraschino e bitter de laranja.
@restaurantedonna_
Ella|Fitz
O restaurante mediterrâneo dos chefs Salvatore Loi e Paulo Barros tem a cozinha comandada no dia a dia pela chef Ana Cremonezi. Os drinks ficam a cargo da bartender Márcia Martins, que renovou a carta recentemente. Entre as opções está o Negroni Ella (R$48), feito com infusão de gin, campari, vermute rosso, vermute dry e ameixas.
@ellafitzristoranti
Expedito Bar
O badalado bar da zona sul traz um menu repleto de drinks autorais e clássicos. Entre as boas pedidas que saem do balcão, há o Kingston Negroni (R$42), que leva rum de especiarias, aperitivo italiano enriquecido com amburana e frutas vermelhas e vermute rosso de Açaí e Amora EX (artesanal).
@expeditobar
Guilhotina Bar
A casa tem balcão sob responsabilidade do premiado mixologista Alê D’Agostino, que trouxe para o menu uma releitura do clássico negrini. Trata-se do Negroni Coffea (R$49), feito com gin infusionado com café da No More Bad Coffee, Campari e Vermute.
@guilhotinabar
Hospedaria
O DNA do restaurante mantém viva a tradição da cidade: comida tipicamente paulistana com atenção especial para as massas e molhos cujas receitas foram trazidas pelos primeiros imigrantes italianos. Para acompanhar as pedidas do menu, vale provar a versão da casa do clássico negroni. O Negroni Imigrante (R$38) leva cachaça de amêndoas e laranja, vermute tinto e Campari.
@hospedariasp
Modern Mamma Osteria
A casa acabou de inaugurar sua terceira unidade, dessa vez na movimentada Rua Oscar Freire. O menu é o mesmo dos endereços do Itaim Bibi e de Pinheiros, com massas frescas e outros pratos de sotaque italiano. A carta de drinks é de responsabilidade da bartender Márcia Martins, que trouxe como novidade o Envelhecido (R$45), drink que combina gin, um blend de vermutes e Campari, tudo isso envelhecido em barril de carvalho.
@modernmammaosteria
Nonna Rosa
O restaurante tem ambiente intimista, perfeito para um almoço ou jantar a dois. O chef Gabriel Marques aposta em receitas clássicas da Itália, algumas com um toque autoral. Para quem procura uma opção de drink para bebericar, a carta está repleta de boas pedidas como o Negroni Della Nonna (R$42), composto por gin, campari e vermute tinto curtido no barril de carvalho.
@osterianonnarosa
La Maddalena Osteria
Com menu assinado pelo chef Marcel Villaça, o restaurante de culinária italiana localizado em Pinheiros apresenta os pratos de destaque do restaurante principal em Taubaté, no interior de São Paulo. A preferência da casa é por ingredientes de pequenos produtores que, além de serem frescos e de origem confiável, recebem um toque exclusivo do chef em cada receita, mantendo a autenticidade italiana. Quando o assunto é Negroni, a casa oferece excelentes opções de drinks. Uma boa pedida é o Negroni Sbagliato (R$42), que vai espumante, vermute e Campari. Para os amantes de café, o Negroni Coffee traz gin aptk, café artesanal e caramelo de laranja (R$46).
@lamaddalenapinheiros
Picco
Uma das embaixadas de Campari no Brasil, o pizza-bar participa da Negroni Experience com a versão tradicional, é claro, e também com o Mangroni, que mescla gim, manga, vermute, jerez fino, campari, baunilha e nori. Até 25 de setembro, quem pedir dois negronis ganha um boné e um corniccione.
@o.picco