Sumiu, desapareceu, escafedeu-se

Fotografia: reprodução da internet
Alexandre Lalas

Alexandre Lalas

Um dos mais icônicos restaurantes de Paris, famoso, entre outras coisas, pela extraordinária lista de vinhos que possui, o La Tour d’Argent prestou queixa na polícia por conta do sumiço de 83 garrafas da adega da casa. O possível roubo foi descoberto após um inventário realizado pela equipe, o primeiro realizado desde o começo da pandemia. O prejuízo estimado com o desaparecimento das garrafas é de cerca de R$ 7,8 milhões.

 

A adega guarda mais de 300 mil garrafas e a coleção de vinhos é avaliada em cerca de R$ 150 milhões. Entre as garrafas sumidas estão algumas de safras antigas de Domaine de la Romanée-Conti. Ao jornal Le Parisien, um dos sommeliers da casa disse que “as garrafas podem ter desaparecido a qualquer momento durante os últimos quatro anos”. A polícia francesa foi ao restaurante e não encontrou vestígios de arrombamento. O caso é investigado pela Terceira Divisão da Polícia Judiciária de Paris. 

 

O La Tour  d’Argent tem 422 anos de existência e serviu de  inspiração para o filme Ratatouille. Fundado em 1582, jé recebeu reis, estrelas de cinema, chefes de estado e recebe comensais de todas as partes do mundo. A carta de vinhos é um livro que de tão pesado, precisa ser levado em um carrinho para cada mesa. Ali podem ser encontrados vinhos do século 19 e diversas safras antigas das mais icônicas vinícolas francesas, das mais importantes regiões do país. 

 

Em 1940, quando os nazistas estavam perto de tomar a capital francesa durante a segunda guerra mundial, o então dono do restaurante, Claude Terrail, escondeu as garrafas mais valiosas atrás de uma parede falsa.