Açaí guardiã

Fotografia: Divulgação
Redação

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O Açaí de Codajás ganhou o selo de Indicação de Procedência (IP), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). É a 122ª Indicação Geográfica do país. E um prêmio merecido para a região de Codajás, no Amazonas, que ficou conhecida como centro de extração e produção de açaí. O município é conhecido como a “Terra do Açaí”.

 

O reconhecimento vem após quatro anos de trabalho para valorização da região. Codajás possui as condições climáticas e vegetativas consideradas ideais para o plantio do açaí. E o fruto acabou por gerar emprego e renda para cidade, que até 1938 consistia em uma aldeia indígena com o mesmo nome. A importância do açaí para a região é tanta, que por lá o fruto é chamado de “ouro negro”. Não é para menos. Afinal de contas, o Açaí de Codajás movimentou R$ 31 milhões entre 2018 e 2021 e, somente no município, 70% da população atua em atividades indiretas relacionadas à produção e escoamento do açaí. Na região, são cerca de 600 produtores a trabalhar de forma direta com o açaí.

 

No ano passado, o açaí do município de Feijó, no Acre havia sido o primeiro registro de Indicação Geográfica para esse produto no Brasil. O açaí da região foi considerado por especialistas como diferenciado devido à sua espessura mais consistente e sabor mais adocicado.


Atualmente, o Amazonas possui sete IGs: farinha de Uarini, peixes ornamentais do Rio Negro, abacaxi de Novo Remanso, pirarucu de Mamirauá, guaraná de Maués e Andirá-Marau (guaraná dos indígenas), cuja área contempla parte de municípios do leste amazonense e do Pará, e agora o Açaí de Codajás.