Tendo completado 70 anos de atividade em maio de 2024, e sempre no charmoso endereço no Largo do Arouche, centro de São Paulo, o La Casserole é um exemplo de que um clássico pode manter-se sempre atual, ao instituir uma série de ações para celebrar a efeméride. Mais jovem, o Chef Rouge, na ativa desde 1995 no bairro dos Jardins, também demonstra vitalidade e frescor, ao lançar um muito bem executado “Menu Déjeuner”.
Além do fato de serem dois dos melhores representantes da gastronomia francesa em São Paulo, ambos são comandados por diligentes restauratrices – Vanessa Fiuza, à frente do Chef Rouge, e Marie-France Henry, que divide há uma década o ofício com o filho, Leo – e primam pelo serviço preciso. São dois restaurantes com R maiúsculo, se é que você me entende.
Recentemente mencionado em listas como a do Guia Michelin e do 50Best Discovery, o Chef Rouge tem um salão elegante, precedido por um agradável terraço. No cardápio não faltam receitas como o foie gras chaud aux figues (grelhado e servido com chocolate amargo e figos), o magret de canard l’orange (peito de pato assado ao molho de laranja e batatas gaufrettes (fritas em lâminas, com formato de telha); e a colossal éclair XXL. Essa sobremesa, aliás, pode encerrar a refeição do recém-lançado Menu Déjeuner, disponível de terças a sexta-feira, das 12h às 15h.
Por um valor entre 98 e 128 reais, o cardápio contempla uma salada de folhas e brotos com lâminas de legumes ao limão, além de seis opções de pratos principais: ovo mollet, aspargos, bulgur com ervas e creme hollandaise; atum selado com hummus ao molho leve de pimentão; peixe do dia com legumes da estação grelhados e tomates ao azeite; massa fresca com lulas salteadas e chorizo; vitelo à viennoise ao limão com salada de rúcula; e o clássico picadinho da casa.
Já o La Casserole vem promovendo, desde maio e ao longo dos seis meses seguintes, uma série de ações para celebrar as sete décadas de vida. Em junho, por exemplo, estreou uma carta de drinques com receitas assinadas pela polivalente mixologista argentina Chula Barmaid. Ela fez uma interessante pesquisa acerca dos drinques que eram consumidos na Paris de 1954, ano da inauguração do La Casserole, para criar as versões servidas agora. Entre elas estão o Fleur’ita, uma reinterpretação do Rosita, que leva tequila, Campari e blend de vermutes secos, R$ 47,00) e o delicioso Le 12ème (Bourbon, licor Bénédictine, vinho branco, mix de cítricos, xarope de açúcar e angostura, R$ 56,00).
Para os próximos meses estão previstas noites musicais, com curadoria de Suzana Salles (agosto); uma exposição de obras de artistas brasileiros a ocupar as paredes do icônico salão (setembro); a oferta de três rótulos de vinhos franceses comemorativos (outubro) e, para encerrar, a realização de um baile de máscaras em novembro.
Celebrar é preciso, afinal.
Serviço:
Chef Rouge. Rua Bela Cintra, 2238, Jardim Paulista, tel.: (11) 3081-7539, @chef_rouge_fr.
La Casserole. Largo do Arouche, 346, centro, tel. (11) 3331-6283, @lacasserole1954.
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