Evino recebe investimento de 650 milhões de reais

Poucos meses depois de anunciar a compra da importadora Grand Cru, maior varejista de vinhos importados anuncia aporte. O que isso pode significar para quem bebe vinho?

 

No fim de semana, o fundo Vinci Capital Partners III anunciou o investimento de 650 milhões de reais na Evino, empresa líder no setor de varejo de vinhos importados no Brasil. É a segunda grande movimentação envolvendo a companhia em menos de um ano, já que no segundo semestre de 2021 o grupo havia adquirido a importadora Grand Cru. Juntas, aliás, as duas marcas faturaram 660 milhões de reais no ano passado.

Mas o que essas duas movimentações recentes envolvendo a Evino pode significar para os clientes e, no fim das contas, para quem consome vinho no Brasil? “Hoje a Evino detém um portfólio completo, com vinhos de entrada até os mais sofisticados, atendendo toda sorte de cliente, tendo grande expertise em praticamente todos os canais de distribuição, com mais de 120 lojas, atendimento a supermercados e restaurantes, sites e clubes de assinatura”, diz Alexandre Bratt, CEO da Holding formada por Evino e Grand Cru. “A nova rodada de investimentos, liderada pela Vinci, nos garante ainda mais força e velocidade de crescimento e diferenciação e nos deixa em posição ímpar para continuar com a consolidação e expansão do mercado de vinhos.”

Em conversa com a GULA, Ari Gorenstein, fundador da Evino, segue alinhado a Bratt e afirma que a entrada desses novos parceiros e dessa nova injeção de capital na companhia vai agregar expertise no negócio de varejo, nas franquias, no food service, nas operações, no mercado de capitais e na logística, além de ser fundamental para a governança corporativa e a profissionalização da companhia. “E a gente segue com nossa agenda de omnicanalidade, reforçando a integração entre o físico e o digital, que segue sendo prioridade”, diz Gorenstein.

De acordo com Ari Gorenstein, a Evino tem planos, sim, de avançar com a marca em lojas físicas e construir um ecossistema omnicanal em torno das lojas Evino e Grand Cru. E entende que os investimentos poderão ser destinados à aquisição de algum outro player do setor. “Estamos atentos a movimentos de consolidação de mercado. Entendemos que ele é fragmentado e, como grupo, temos ambição em seguir sendo protagonista nessa consolidação”.

Do ponto de vista dos clientes, nada se altera entre a Grand Cru e a Evino. Diz Ari Gorenstein: “Seguimos zelando pela curadoria dos produtos e a jornada end to end dos clientes nas lojas e nos sites, para um oferecer serviço mais customizado, um atendimento consultivo e um foco em seleção e curadoria de produtos.”