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Redação

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Autoridades espanholas desbarataram uma quadrilha acusada de falsificar vinho. O esquema, uma verdadeira operação internacional que envolve, segundo as investigações, mais de 60 empresas, consistia em usar xarope de milho (isoglucose) para fazer vinhos e grãos para fazer conhaque. A polícia estima que o grupo tenha faturado cerca de 100 milhões de euros (R$ 600 mi) com a fraude.  No total, seis pessoas já foram presas pelas autoridades.  

 

As prisões foram feitas em Castilla-La Mancha e Madri, depois que foram encontradas evidências de que uma rede internacional estava produzindo e comercializando mosto de uvas adulterado, vinho e destilados falsificados.

 

Segundo a imprensa espanhola, a investigação começou em setembro de 2018, com uma colaboração entre funcionários da alfândega em Castilla-La Mancha e a polícia de Ciudad Real.

 

A polícia acredita ter prendido os dois líderes do esquema, junto com outros quatro colaboradores. Ainda há 27 pessoas sob investigação por irregularidades, incluindo organização criminosa, falsificação, fraude e lavagem de dinheiro.

 

A rede foi formada por mais de 60 empresas que operam na Espanha, Holanda, Áustria, Bélgica, França, Moldávia e Rússia. Segundo as autoridades, a isoglicose utilizada na fraude do vinho foi transportada de fábricas nos Países Baixos e na Bélgica para a Espanha, onde foi fermentada e misturada com produtos vitivinícolas para reduzir os custos de produção. Já os destilados, teriam sido obtidos da Holanda e posteriormente diluídos e adulterados.

 

Após buscas em 11 endereços relacionados à operação, a polícia encontrou documentos falsos, nove carros de luxo, notas de banco e quatro armas de fogo ilegais.