Outro patamar

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Redação

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A região Etna, que faz parte da Sicília, na Itália, quer subir de patamar. O lugar, que já uma DOC, já começou a trilhar caminho para chegar ao status de DOCG. Para obter tal reconhecimento, vai apostar em mudanças nas regras de produção. 

 

O Consorzio Tutela Vini Etna DOC anunciou oficialmente a pretensão no último dia 10 de novembro, após uma decisão unânime de todos os membros do conselho. "É uma decisão histórica para todo o território etniano", garantiu Francesco Cambria, presidente do Consorzio. 

 

“Somos uma denominação saudável, muito cuidadosa em defender a especificidade de nossa viticultura, caracterizada por uma herança maravilhosa de vinhas indígenas, criadas em um território único, como o representado pelo vulcão ativo mais alto da Europa, o Etna”, completou.

 

A DOC Etna foi criada em 1968, sendo a mais antiga estabelecida na Sicília. A região é famosa pela tipicidade dos vinhos “terroir driven” que dali saem, especialmente os produzidos através da uva branca Carricante e da tinta  Nerello Mascalese. 

 

O interesse nos vinhos do Etna têm aumentado consideravelmente nos últimos anos, o que resultou tanto num aumento da área produzida quanto na chegada de novos e importantes players para a região, como Angelo Gaja, por exemplo. De acordo com o Consorzio, em 2022 havia 1.290,82 hectares de vinhedos, com 442 produtores produzindo 43.651,09 hectolitros, o equivalente a 5.820.145 garrafas. "As mudanças que serão feitas nas novas regulamentações nos permitirão aumentar ainda mais o nível de qualidade de nossos vinhos e oferecer aos consumidores elementos que tornam nossa produção ainda mais distinta", disse Cambria.

 

O processo de reconhecimento da DOCG envolve várias etapas de solicitações e análises, que devem levar aproximadamente dois anos. Quando for concluído, Etna se tornará a segunda DOCG da Sicília, depois de Cerasuaolo di Vittoria.