Polêmica em Champagne

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Redação

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A região de Champanhe aprovou iniciativa para reduzir a densidade de plantação na região. A proposta reduz a densidade obrigatória de plantio de 8.000 videiras por hectare para aproximadamente 6.000. A ideia é reduzir o custo de manutenção das vinhas e, portanto, o tempo necessário para mantê-las. 

 

Isso foi apresentado como uma forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e os proponentes estimam que essas emissões seriam 20% menores sob a medida, levando alguns a descrevê-la como uma iniciativa ecológica e não apenas econômica. A proposta foi aprovada pelo Institut National de l'Origine et de la Qualité (INAO) e em breve avançará para implementação, apesar da oposição de alguns setores da indústria local.

 

A medida foi proposta pelo Syndicat Général des Vignerons de la Champagne (SGV), que é a organização responsável pela implementação das normas para Champagne impostas pelo INAO. A ação foi tomada apesar de uma oposição formal apresentada por vários dos mais respeitados produtores de Champagne.

 

Há suspeitas de que o principal motivo seja reduzir os custos de cultivo, segundo Eric Coulon dos Vignerons Indépendants. Outros temem que isso esteja levando à aprovação da colheita mecanizada em Champagne, e há preocupação por parte de alguns produtores voltados para a qualidade de que a redução da densidade de plantio leve a uma menor concentração no vinho acabado.

 

Embora a medida tenha sido formulada como uma medida para supostamente preservar Champagne diante do aquecimento global, deve-se lembrar que a mudança para uma densidade mais baixa é opcional e, consequentemente, as reduções nas emissões de gases de efeito estufa só são realizadas na medida em que o replantio ocorra.