Roubo em Chablis

Fotografia: reprodução da internet
Alexandre Lalas

Alexandre Lalas

Ladrões conseguiram entrar no meio da noite no Domaine du Château de Viviers, em Chablis, na Borgonha, França e fizeram um verdadeiro estrago. Os bandidos fugiram com mais de 150 caixas de seis garrafas de seus vinhos Chablis da safra de 2022, além de 225 magnums (garrafas de 1,5l) das safras de 2020 e 2021. O crime aconteceu no começo deste mês. O proprietário da vinícola, Arnould Lefébure estimou o prejuízo em torno de €50mil. O Domaine du Château de Viviers trabalha de forma biodinâmica. 

A polícia estava investigando o caso. O roubo ocorreu entre cerca de 1h e 4h da madrugada de 5 de março. Pelas características do assalto, os policiais acreditam que os ladrões possuíam um alto nível de organização.

Em declaração para um jornal local, Lefébure disse que os bandidos sabiam o que estavam fazendo.  “Calculo que eles levaram mais de três toneladas de vinho. Não se pode simplesmente colocá-lo em um carro pequeno, é preciso usar um caminhão de verdade. E eles tiveram que colocá-lo à mão porque não havia outra maneira”, acredita o vinhateiro.

“As magnumas, em particular, não teriam sido fáceis de transportar. Todas elas estão em caixas de madeira e não é possível carregar mais de duas caixas com as mãos porque são muito pesadas, pesam quase quatro quilos”, aponta Lefébure. “Para transportar 225 magnums como essa, que estavam em caixas de madeira separadas, provavelmente seriam necessárias pelo menos quatro, cinco ou seis [pessoas] para fazer isso. Portanto, eles estavam muito bem organizados. Somos discretos, não temos propaganda do lado de fora”, analisou.

Os vinhos roubados no arrombamento estavam aguardando o envio para a China. O lote incluía três cuvées principais da safra de 2022 - Côta Grand Claude, Sous les Plantes e Cuvée B&B - além de magnums de Côta Grand Claude 2020 e Poseidon 2021.

Lefébure disse que, no momento, tem pouca esperança de encontrar os vinhos roubados, mas acrescentou que as garrafas têm certas características que se destacam, como cápsulas de cera azul feitas à mão e rótulos distintos. “Portanto, talvez eu tenha alguma chance de encontrar pessoas vendendo meu vinho em algum lugar".

O vinhateiro pediu a qualquer pessoa que tenha alguma informação para entrar em contato com ele no Domaine du Château de Viviers por telefone ou e-mail. Ele acrescentou estar confiante de que conseguiria identificar as garrafas a partir de uma foto.