Fevereiro deste ano, Paris. Um pequeno comerciante de vinhos da capital francesa recebeu um telefonema de um homem com a seguinte encomenda: doze garrafas de Château Pétrus 2000. A compra seria para um casal russo que passaria uma temporada na capital francesa.
Safra disputada, considerada uma das melhores dos últimos tempos, cada garrafa deste vinho ronda, na França, em torno de 5 mil euros (R$ 26,5 mil). Quando o comerciante assegurou que conseguiria encontrar o vinho, a encomenda subiu de 12 para 18 garrafas. E ainda foram acrescentadas ao pedido duas garrafas de champanhe.
Feliz da vida com a perspectiva de uma excelente venda, o comerciante foi atrás das garrafas. As encontrou e avisou ao comprador. A venda foi consumada numa brasserie de luxo na Avenue des Ternes, em Paris, quando o vendedor dos vinhos conheceu o casal. Os vinhos foram pagos em dinheiro, todos brindaram, o casal e o intermediário foram embora com os vinhos e o comerciante ficou a contar o dinheiro.
O problema é que mal começou a contar a grana, o pobre vendedor percebeu que fora enganado. As notas eram falsas. O comerciante ainda correu atrás dos golpistas para tentar recuperar os vinhos, mas já era tarde demais e tanto os bandidos quanto os vinhos já haviam sumido na poeira.
Desolado, o pobre merchant procurou a polícia. E após uma investigação que durou quase oito meses, os policiais parisienses prenderam dois homens e uma mulher, todos de origem sérvia, acusados de darem o golpe no comerciante. O julgamento dos golpistas está marcado para o mês que vem. Os vinhos ainda não foram recuperados.