A opinião de GULA a respeito do caso de trabalho análogo à escravidão em vinícolas do Rio Grande do Sul
GULA repudia de forma veemente qualquer tipo de exploração do homem pelo homem. O episódio ocorrido em Caxias do Sul, no qual trabalhadores em situação análoga à escravidão foram utilizados na colheita de uvas das vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi é deplorável e inaceitável. O fato é gravíssimo e merece investigação séria e punição exemplar, dentro dos limites estabelecidos pela lei.
GULA também repudia enfaticamente a lamentável fala do vereador de Caxias do Sul, Sandro Fantinel, que esbanjou xenofobia, preconceito e desinformação ao praticamente culpar os trabalhadores baianos pela situação em que se encontravam.
No entanto, é preciso resguardar quem trabalha com seriedade. Há no setor do vinho no Rio Grande do Sul em particular, e no Brasil em geral, gente e marcas que trabalham muito seriamente. Que pagam os fornecedores e colaboradores dignamente, que age estritamente dentro da lei, que cumpre as determinações trabalhistas. Não podemos jogar o setor inteiro na fogueira por conta dos desvios de alguns.
Repetimos: as acusações são graves, exigem investigação aprofundada para apontar responsabilidades e punição exemplar a todos os envolvidos, dentro do que rege a lei. Mas também é necessário separar o joio do trigo. Ou, do contrário, lançaremos o setor do vinho brasileiro inteiro, incluindo muita gente boa e séria, injustamente, às chamas da inquisição. Que o peso da culpa recaia sobre os culpados. E não sobre quem nada tem a ver com o assunto.
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