Doeu menos do que parecia

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Redação

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No final das contas, o ano de 2020 para o setor de bebidas alcoólicas vai ficar um pouco melhor do que a encomenda. Se em maio as perspectivas de queda nas vendas era de dois dígitos, a revisão dos números mostrou que o tombo será bem menor. Segundo o IWSR, grupo de pesquisa que analisa o mercado, a queda nas vendas de bebidas alcoólicas em 2020 será de 8%.

 

A recuperação do mercado chinês pode ter sido a locomotiva que segurou a derrocada. Mas não foi a única razão. O fato de muitas empresas terem caminhado com agilidade em direção ao e-commerce e à distribuição no varejo também ajudou.

 

O IWSR analisou o consumo de bebidas alcoólicas em 19 mercados globais importantes, incluindo Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, Tailândia, Turquia, Reino Unido, EUA, e o canal global de varejo de viagens.

 

Mark Meek, CEO da IWSR Drinks Market Analysis, disse que os números projetados são "encorajadores" para o setor e sugeriu que as vendas poderiam retornar aos níveis anteriores à Covid antes de 2024, o que era a previsão inicial do grupo de pesquisa.

 

“Excluindo bebidas destiladas nacionais como baijiu e shochu, o total de bebidas alcoólicas nos 19 países em foco se recuperará para os níveis de 2019 talvez antes mesmo que em 2024. Podemos ver essa recuperação ainda mais rápido agora, dadas as notícias recentes sobre encorajadores testes de vacinas”, disse ele.

 

De todos os mercados analisados, apenas os EUA e Canadá devem mostrar crescimento de volume este ano, ambos acima de 2%. Enquanto isso, as vendas de álcool na China, onde a recuperação econômica superou o desempenho do resto do mundo após a pandemia, devem retornar aos níveis normais no próximo ano, disse o IWSR.

 

Espera-se que vários mercados, incluindo Rússia, Austrália, Japão e Alemanha, tenham queda no volume de vendas, mas inferior a 5%. No entanto, Índia e África do Sul, que viram proibições substanciais nas vendas de álcool durante a pandemia, terão algumas das maiores perdas de volume neste ano.