Fleurie, um dos mais conhecidos entre os 10 Crus de Beaujolais e informalmente associado ao caráter floral de seus vinhos, solicitou neste mês ao INAO (instituto francês que controla as denominações de origem), o reconhecimento de seus vinhedos ao nível Premier Cru.
Embora conhecido como Cru, Fleurie (tendo ao norte, Moulin-à-Vent, Chenás, Julienás e St-Amour; e ao sul, Chiroubles, Morgon, Régnié, Brouilly e Côte de Brouilly), seria o equivalente ao nível “villages”, na vizinha Borgonha. A proposta é promover 7 de seus 48 lieux-dit (single vineyards) à 1er. Cru.
Além de todo arcabouço histórico levantado para retratar a excelência e consistência dos vinhos desta zona, parte do processo necessário para a promoção dos vinhedos, Fleurie também reune hoje alguns dos produtores mais badalados de todo Beaujolais, cujos vinhos, por vezes, superam os preços da vizinha Borgonha, casos de Métras, Clos de la Roilette, Dutraive e Chignard. A partir da Gamay, plantada nos solos de granito rosa, os 840 hectares de vinhedos de Fleurie estão plantados em altitude média de 340 hectares, (chegando a mais de 400 metros nos vinhedos Poncié, Rocche Guillon ou La Madone, nome da capela que simboliza Fleurie) e são associados à tipicidade floral de seus vinhos. Outros vinhedos conhecidos e bem reputados são Moriers, Champagne, Chapelle des Bois e Les Marrans. Para o presidente da denominação de origem de Fleurie, Sylvain Paturaux, “Fleurie servirá como referência para os outros Crus de Beaujolais adotarem o mesmo caminho”.