Fake Natty!!!

Fotografia: reprodução da internet
Marcel Miwa

Marcel Miwa

Mais um escândalo paira sobre Champagne. E não poderia vir em pior momento  já que nas festas de fim de ano o mais prestigiado espumante francês costuma brilhar nas mesas do mundo todo.

A ex-funcionária  da casa de champagne Didier Chopin fez a denúncia que cerca de 1,8 milhão de garrafas da marca foram possivelmente adulteradas, utilizando vinhos de outras regiões, como Ardèche e até da Espanha, recebendo adição de outros licores; além de ter gás carbônico adicionado para colocar seus Champagne no mercado a partir de meados de 2022, momento que que empresa enfrentava dificuldades financeiras. A denúncia da adulteração foi confirmada por outro funcionário, ainda ligado à casa, segundo o site vinetur.

Nas regras básicas da denominação de origem de Champagne, além das tradicionais variedades Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier (além de outras minoritárias, cultivadas na região), deve ter a espuma tomada através da segunda fermentação na própria garrafa (método tradicional), com o estágio mínimo de 15 meses em contato com as leveduras.

Segundo a denúncia, a adulteração começou em junho de 2022 sob pressão de um pedido de 800 mil garrafas de Champagne. Chopin produz 22 diferentes rótulos de Champagne e a sede está em Soissons, cerca de 60 km. à oeste de Reims, epicentro do universo de Champagne. 

Em um comunicado, as acusações foram rechaçadas por Didier Chopin, alegando falta de embasamento fático. Um dos grandes compradores da marca, o supermercado francês Leclerc, retirou os champagnes das suas gôndolas e devolveu as garrafas ao produtor. 

O caso seguirá nas mãos do ministério público francês e sucede outra polêmica denúncia do emprego de mão de obra análogo à escravidão na região, relatado na Gula aqui.