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Era uma vez uma família francesa de produtores de vinhos que resolveu passar férias nas montanhas argentinas em 1990. Da ideia do descanso, veio a paixão. Bastou olhar em volta e ver toda a imensidão e beleza daquela zona espetacular do sul da América, os olhos de Jean Bousquet brilharam. E olha que o francês vinha de um lugar onde beleza não falta: a encantadora Carcassonne, no sul da França.
Mas não foi apenas o visual do lugar que chamou a atenção de Jean Bousquet. O francês, quarta geração de produtores de vinho, percebeu ali, nos andes argentinos, o potencial para fazer muita coisa boa. Naquela altura, a Argentina ainda dava os primeiros passos enquanto país exportador de vinhos de qualidade. A maioria do consumo era interno. E a malbec passava longe de ser a locomotiva que viria a impulsionar os vinhos do país anos depois.
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O francês ficou apaixonado especialmente por um trecho, pertinho da fronteira com o Chile, onde voa o condor: o vale de Gualtallary, em Tupungato, distrito do Vale do Uco, na região de Mendoza. Então, na região não havia vinhas, nem estradas, nem eletricidade, nem nada que não fosse beleza e potencial. Mas Jean Bousquet sabia que ali era o local.
Por conta do clima seco da região, Bousquet percebeu que o tipo de agricultura ali poderia ser bem diferente do que praticava no sul da França. Não havia necessidade do uso de produtos químicos naquela terra virgem. Ainda bem. A vinícola nasceu praticando a agricultura orgânica.
Corte para 2002: a filha de Jean, Anne, e o marido Labid Al Ameri, após uma viagem à região, decidiram investir na Domaine Bousquet. Construiram a adega, se mudaram para a região até que, em 2011, assumiram o controle total sobre a vinícola.
Hoje, a Domaine Bousquet produz 4 milhões de litros. Cerca de 50 países compram vinhos da vinícola, que tem 95% da produção vendida fora da Argentina.
No Brasil, a vinícola é representada pela Asa Gourmet. Clique aqui e veja quais rótulos da Domaine Bousquet estão disponíveis no país.
Abaixo, o programa da GULA TV com Rodrigo Serrano, enólogo da Domaine Bousquet.
Vinhos provados:
DOMAINE BOUSQUET CHARDONNAY TORRONTÉS 2019
Aberto no nariz com toda a intensidade tropical que a torrontés empresta aos vinhos. Na boca, a chardonnay diz presente, dando mais corpo, textura, cremosidade e acidez ao que normalmente encontramos em vinhos feitos apenas com a torrontés - 85
DOMAINE BOUSQUET CABERNET SAUVIGNON PREMIUM 2018
Limpo e franco no nariz, com a fruta bem marcada e um leve toque de eucalipto. Corpo médio, equilibrado, unidimensional, boa fruta - 85
DOMAINE BOUSQUET MALBEC RESERVA 2017
Malbec clássico, macio, sedoso, com boa acidez, equilibrado. Uma aposta segura para quem prefere correr poucos riscos na hora de escolher um vinho - 88